quarta-feira, 9 de março de 2011

Bruna Surfistinha - O Filme

Como passei o Carnaval em Fortaleza, ontem fui assistir o tão comentado filme da Bruna Surfistinha.

O filme relata a história de Raquel Pacheco interpretada por Deborah Secco, uma jovem da classe média paulistana, que estudava num colégio tradicional da cidade. Um dia ela tomou uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Com o codinome de Bruna Surfistinha, Raquel viveu diversas experiências "profissionais" e ganhou destaque nacional ao contar suas aventuras sexuais e afetivas num blog, que depois acabou virando um livro e tornou-se um best seller.

O filme é relativamente bom. Ele não julga e nem discrimina as prostitutas, não cria nenhum clima de reflexão sobre o que leva uma pessoa a optar por essa vida e também não fixa a profissão garota de programa a algum tipo de vício ou drogas. 

 O que eu não gostei é que não há sequer um momento ou uma deixa na trama que justifique o motivo (praticamente imaginário, para o espectador) da jovem Raquel ter largado o conforto e a segurança da casa de sua família para ingressar na prostituição. Se eles existem – e nós nos conformamos em crer que sim – estão ocultos no roteiro. Ou, quem sabe, apenas insinuados nos conflitos domésticos exibidos.

 Raquel, como a mesma chega a relatar, saira da casa de seus pais porque ansiava por independência. Uma explicação que não satisfaz qualquer curiosidade.

Está claro que o filme não tem o objetivo de expor a personalidade de Raquel/Bruna, e sim exclusivamente a sua “ascensão no mercado”.

Não me arrependo de ter perdido minhas duas preciosas horas em uma sala de cinema, mas o filme deixa um pouco a desejar, mas vale a pena assistir para vermos a excelente atuação de Deborah Secco.

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